"Aquele gosto amargo do teu corpo Ficou na minha boca por mais tempo. De amargo, então salgado ficou doce, Assim que o teu cheiro forte e lento Fez casa nos meus braços e ainda leve, Forte, cego e tenso, fez saber Que ainda era muito e muito pouco."
(Daniel na Cova dos Leões - Legião Urbana)
Sempre tive uma relação conturbada com o fumo. Meus pais fumavam quando eu era criança. Na verdade, minha mãe fumava, e meu pai fumava demais. No meio da minha adolescência eles pararam, e colocaram na minha cabeça que cigarro era coisa de gente antiquada. Funcionou bem, até certo tempo.
Foi aos 16 anos que eu tive o primeiro contato com o cigarro. Desastroso por sinal. "Não, aquilo não era pra mim", pensava eu. Como alguém pode gostar de ter uma sensação de desconforto pulmonar durante quase 10 minutos e ainda ficar com gosto e cheiro de fumaça na boca? Eu não sabia tragar naquela época...
Depois dos 18, em meio a festas e badalações, carnavais e tudo mais que envolva tudo de errado que se deseja fazer na vida para não se arrepender de não ter feito, lá fui eu me aventurar (ou tentar) mais uma vez a cair nos braços deste êxtase... Mais uma(s) vez(es), sem muito sucesso...
Foi agora, aos 21, no auge da minha loucura de viver, que eu resolvi, por decisão própria, de experimentar as sensações provocadas pela nicotina do tabaco. Não, não foi em uma ocasião qualquer como antes seria. Não foi em uma festa, para nenhum motivo. Foi algo quase planejado. Eu e a minha mania de justificar meus impulsos com essa última frase...
O fato é que eu realmente nunca estive tão tenso quanto ultimamente... Nem aos 17 anos. De fato, naquela época minhas atitudes não implicavam diretamente no meu futuro a longo prazo, não determinavam minha vida, minha carreira ou mesmo meus sonhos mais desejados. Agora, 4 anos depois, sinto como se o cerco estivesse se fechando ao meu redor. Não sou mais um adolescente sem determinações concretas. Sou um homem, me sinto assim. Ainda posso errar, mas acertar é muito mais interessante, não é? O difícil é lidar com isso tudo assim, quase de repente...
O fato é que eu precisava fazer uma prova. Não uma prova da faculdade, mas muito mais do que isso. Uma prova que poderia mudar os rumos da minha vida para sempre. Claro, eu teria (terei) outras chances, mas como disse, acertar é muito mais interessante, principalmente quando isso te poupa seis meses ou 1 ano de vida profissional. Nunca antes fiquei tão nervoso para uma prova, nem mesmo quando fiz vestibular.
Até que, por acaso, um amigo me ofereceu um cigarro. Me disse o que devia fazer e... Pronto, dependente... Desde o primeiro trago. Acho que a dependência psicológica vem assim para muita gente, desde o primeiro trago. O problema é que diferença entre a dependência química e a psicológica é um limiar tão tênue que na maioria das vezes não percebemos quando ultrapassamos.
Me serviu bem, a curto prazo, não vou negar. Pode parecer desculpa, mas nunca fiz uma prova tão tranquilo, depois de uns dois ou três cigarros. Hoje? Sinto dores de cabeça, e também no bolso, naturalmente... Mas enfim, não tenho tempo para pensar no que vai me acontecer daqui pra frente, ou simplesmente não quero. Enquanto esse vício ainda me for lucrativo, é mais conveniente não pensar em nada, não é? E no mais, umas apurrinhações a menos nunca é algo ruim...
"Faço nosso o meu segredo mais sincero E desafio o instinto dissonante. A insegurança não me ataca quando erro E o teu momento passa a ser o meu instante. E o teu medo de ter medo de ter medo Não faz da minha força confusão. Teu corpo é meu espelho e em ti navego E eu sei que a tua correnteza não tem direção."
(Daniel na Cova dos Leões - Legião Urbana)
Agora, com sua licença... Devo ir na padaria comprar mais um maço, porque o último cigarro eu fumei enquanto escrevia este post!
Um beijo, meus queridos....
Até!
ps: Por motivos de força maior, alguma postagem foram colocadas na "gaveta". E censura tá em cima de mim, não quero ser preso (meu Deus, que será de mim se eu for preso? E meus futuros filhos, por quem serão criados?). Mas me recuso a apagar, por mais que algumas delas não tenham mais nenhum valor pra mim. É contra a proposta desse blog apagar os posts... rs. Então, não se assustem se sentirem falta de algum príncipe (que aliás, de príncipe não tem nada) nos arquivos deste blog! ;)
"Empty spaces - what are we living for Abandoned places I guess we know the score On and on, does anybody know what we are looking for... Another hero, another mindless crime Behind the curtain, in the pantomime Hold the line, does anybody want to take it anymore The show must go on The show must go on, yeah Inside my heart is breaking My make - up may be flaking
But my smile still stays on"
(The Show Must Go on - Queen)
Sexta-feira, 13... de julho! Dia mundial do rock. Uma data desse nível não pode passar em branco. Por isso, decidi sacrificar uma (ou duas) horas de sono para me dedicar a uma reflexão: O que fazer para comemorar em uma data tão especial?
Pois bem, porque não começar falando sobre "porque esse dia é tão especial para mim"? Ou seria, "porque o rock é assim tão importante"? Para mim, e acredito que para muitos dos que nasceram na segunda metade do último século, o Rock representa muito mais do que apenas um estilo musical.
Para mim o Rock representou uma ideologia, ou um conjunto delas, por mais comercial que o Rock seja. Marca o início da construção dos nossos valores independente de influência familiar. É a primeira vez que chegamos para uma coisa e falamos "é disso que eu gosto" sem ninguém chegar para nós e dizer que devemos gostar daquilo. Pra mim, de fato, o Rock representou a primeira experiência efetiva com o discernimento crítico.
Por mim, já passaram muitas bandas, em diversos momentos da minha vida, e que de alguma forma me disseram algo em cada um desses momentos. De Legião Urbana a Queen, de Beatles a Rolling Stones... Suede, The Smiths, Red Hot Chilli Peppers, Radiohead... Barão Vermelho... Led Zeppelin... Não, não dá para citar todas. O que vale nisso tudo é que essas canções me acalmaram quando eu estava nervoso, me disseram algo quando eu precisava ouvir, me causaram admiração, vergonha, tristeza... Essas foram as canções que me fizeram crescer!
Não entendo como fomos parar nessa época estranha, onde as pessoas não se identificam com o que ouvem, onde as músicas não dizem muita coisa. Eu me sinto fora do ninho, um peixe fora d'água, só em pensar, por exemplo, que foi ao som de "Quase sem Querer", "Meninos e Meninas" e "I Want to Break free" que eu dei os meus primeiros passos rumo á liberdade sexual... E hoje, o que temos? Estamos numa época em que onomatopeias fazem refrões consagrados. "Oh oh oh oh oh oh oh" (Britney Spears).
Espero que o dia mundial do Rock sirva não só para nos lembrar o quanto isso significa para nós e para o mundo, mas também consiga fazer com que as pessoas enxerguem o fato de que música não deveria ser feita apenas para ser escutada, mas sim para ser ouvida... Hoje vi um documentário lindo no Canal Brasil - Rock Brasília, Era de Ouro - que conta a trajetória das três principais bandas de Rock do país que surgiram em Brasília: Plebe Rude, Capital Inicial e Legião Urbana. Não só pela música e pela popularidade, essas bandas se consagraram pelos seus ideais e construíram uma obra de contestação histórica à Ditadura Militar e ao governo Pós-militar. E para os bonitinhos que gostam de falar mal, isso aconteceu aqui, no NOSSO país. CHOREI Me emocionei de verdade vendo este documentário...
Enfim, acho que é tudo... Feliz dia do Rock para vocês!
"There was a time I thought, that you did everything right No lies, no wrong Boy I, must've been outta my mind So when I think of the time that I almost loved you You showed you ass and I saw the real you"
( Best Thing I Never Had - Beyoncé)
Oi,
Desculpa estar fazendo isso por carta. Nós dois sabemos que eu não sou muito bom com argumentações orais. Não sei se conseguiria expressar tudo numa discussão oral. Pois bem, decidi fazê-lo por meio de carta.
Príncipe, nós dois sabemos o quanto eu te amo. Não tenho vergonha disso, não tenho vergonha de fazer o que você quer na hora em que você quer. Nesses últimos 8/9 meses, você foi minha principal razão de viver. Eu sei que você deve achar que eu estou exagerando, mas não estou.
Nunca tinha duvidado do seu amor por mim, da sua lealdade. Nunca tinha duvidado, até esse final de semana de Carnaval que passamos juntos na casa do Gui. Tá, eu tenho sido mais desconfiado do que o de costume desde que você foi sozinho para São Paulo. Mas nada se compara a esse carnaval. Os fatos tomaram proporções que eu realmente não previa, ou pelo menos que eu evitava prever. Não queria acreditar que você fosse capaz de me trair, por isso resolvi não pensar nisso durante muito tempo. Só que chega uma hora que, por mais que a gente tente não ver, os fatos saltam aos nossos olhos. Eu fico pensando, “Nossa, eu não sou um namorado ruim, eu sou dedicado a ele. Minha família o adora. Eu faço de tudo para ser amigo dos amigos dele. Eu também não sou um cara feio. Também acho que meu beijo não é insuportável. Que motivos teria ele para me trair?”.
Realmente, pensando assim, não teria porque você me trair. Além do mais, eu sempre te dei espaço para falar dos seus sentimentos, para dizer se você se sente desconfortável com algo, ou insatisfeito de alguma forma. Mas, por algum motivo, desde o início dessa carta, eu venho considerando essa possibilidade, você deve ter percebido, né? Diante disso tudo, que motivos eu teria para acreditar que você me trai? Pois bem, vamos as minhas justificativas.
Primeiro, como eu já disse, apesar de estar mais desconfiado do que de costume desde que você voltou de São Paulo, eu só comecei a ter essas desconfianças de fato nessa semana de carnaval. O motivo você bem deve saber, foi a conversa entre você e o Rapaz mais Velho que eu li (confesso, ato totalmente falho, invasão de privacidade). Você viu como eu fiquei transtornado com a situação, e não, e não acreditei que você só queria sondar a vida do rapaz para apresentar para o Gui. Eu menti, te disse que aceitava tal justificativa apenas porque, além de desgastante demais para mim, aquele assunto seria uma pedra no nosso feriado, e eu sei bem o quanto você precisava daquele momento, eu não tinha o direito de acabar com aquilo.
O fato é que esta história não saiu mais da minha cabeça. Aquilo tinha trazido à tona outras coisas que já estavam na minha cabeça antes, e que estavam tirando meu sono há alguns dias. Uma delas era simplesmente o fato de você não ter mais o mesmo interesse sexual por mim de (pouco) tempo atrás. Você passou 1 semana e meia na minha casa, e quase não demonstrou interesse por sexo. Me lembro da época em que agente brigava por causa disso, que você me cobrava. Chegou até a me questionar se eu ainda sentia tesão por você, só porque uma vez eu estava com sono e não quis fazer sexo. Pode parecer um questionamento fútil, como você sempre argumenta uma relação não é feita só de sexo. Mas dentro daquele contexto eu tinha sim fundamento, explicarei porque em seguida.
Confesso que cometi outro ato falho: vasculhei o histórico do Google Chrome no computador do Gui. Como eu sabia que as atualizações eram suas? Você era sempre o ultimo a usar o notebook. O que eu vi no histórico? Nada de tão espantoso, confesso. Vi que você tinha visto alguns vídeos eróticos, que tinha acessado o Badoo, tinha visto algumas atualizações e perfis no facebook, além de ter acessado dois grupos: Protocolos Marvel e Clube do Urso. De fato, nada disso prova absolutamente nada, mas já é informação suficiente para montar algumas ligações.
Primeiro vamos falar dos vídeos eróticos. Você sabe muito bem que eu não estou nem aí se você gosta ou não desses vídeos. Eu mesmo gosto de assistir também, não acho que seja um problema, nem motivo de ciúme. Eu mesmo já te sugeri que visse vídeos ou contos eróticos em algum dia que eu estava cansado e você quis fazer sexo. O problema é que eu fiquei curioso, e resolvi conferi o histórico do Google Chrome do meu computador também. E descobri que você acessou contos eróticos justamente nos dias em que esteve aqui em casa e que se recusou a fazer sexo comigo, ou que não me procurou. Vou te falar mais uma vez, isso não é prova de nada, nem é motivo para eu ter ciúme. Mas isso mostra que eu tenho razão quando afirmo que o seu interesse por sexo comigo não é mais o mesmo. Qualquer ser humano se sentiria um lixo se fosse trocado por um conto erótico. Não sei o que pode estar acontecendo, mas se existe algo, eu sempre te dei liberdade para expressar o que sente. Se há um problema, ele já poderia ter sido resolvido, e caso a qualidade do nosso sexo tenha deixado a desejar para você, nós já poderíamos ter dado um jeito nisso há muito tempo. Mas esse é o menor dos problemas.
Voltando ao computador do Gui, eu vi que você tinha acessado o Badoo e um grupo chamado Clube do Urso. Seria totalmente normal, e passaria despercebido, se você não tivesse falado para mim, pouco antes desse feriado, que achava o Badoo ridículo, que era coisa de gente que queria fazer “pegação”, e que não tinha perfil nesse tipo de rede social. O mesmo vale para o Grupo de ursos, você me disse há poucos dias também que estava cansado desses grupos, que só tinha gente falsa e invejosa, e que já tinha excluído TODOS os grupos de urso, me aconselhou ainda a excluir os meus também. Esse é o tipo de mentira que parece boba, mas é potencialmente perigosa. Você poderia ter mentido por vários motivos: porque conhecia alguém que poderia estar interessado em mim, por exemplo, e queria me afastar dessas redes (pensamento de um idiota); ou na pior das hipóteses, você estava querendo liberdade para escrever coisas que eu não poderia ler, ou até mesmo marcar encontros e me trair. Como eu disse, são apenas possibilidades, se uma ou outra era verdadeira eu não tinha condições de saber no momento, nem mesmo de desconfiar.
Só que os fatos foram acontecendo e eu estava a cada dia mais inclinado a acreditar que você realmente, se não tinha me traído, tinha a intenção de me trair. O fato é que eu solicitei participação no grupo Clube do Urso, e fiz um perfil no Badoo. Assim que a solicitação do grupo foi aceita, eu dei uma olhada geral para ver do que se tratava. Era como os outros grupos, uma pessoa dando em cima da outra, um grupo para rapazes solteiros. Dei uma olhada para ver sobre algo que tinha postado, e descobri que você estava no Grupo desde antes da viagem a São Paulo, já tinha postado fotos suas e até já tinha flertado com alguns membros. Se aqueles flertes e insinuações já tinham evoluído para o encontro real, eu não tenho como saber, mas só o fato de haverem flertes já me deixou muito triste, e provou mais uma vez que você estava mentindo para mim esse tempo todo. O que deixou a situação ainda mais estranha foi eu ter sido excluído do grupo no dia seguinte, mesmo depois de ter recebido boas vindas do dono do grupo (que é seu amigo, por sinal). De fato, o que você postava naquele grupo, você não queria que eu soubesse. Além disso, a mensagem que eu te enviei pelo Badoo ainda não foi respondida, apesar de já constar como lida e de ter mais de uma visita sua ao meu perfil.
Depois disso tudo, Príncipe, muitas outras cosias vieram à tona. Coisas antigas, sabe? Por exemplo, se você mentiu sobre coisas aparentemente tão bobas, o que te impede de ter mentido caso você tenha me traído em São Paulo? Teve ainda aquele episódio lamentável, em que você deu confiança para um tal de “Garoto Atirado” no perfil do seu facebook, no dia que você foi sozinho com o Pedro para a Cliperama. E ainda teve a história do Rapaz mais Velho. Depois dessas mentiras, quem me garante que você realmente estava desenrolando o garoto para o Gui? Detalhe que o cara nem faz o tipo do Gui, ele não é sarado, só é moreno. Me sinto um idiota completo se aceitar essa história como verdadeira. Além disso, existem outras coisas, que eu não vou comentar, porque envolvem outras pessoas que eu não quero comentar aqui.
O pior disso tudo, Príncipe, não é possibilidade de você estar com outros caras, não foram os flertes na comunidade, nem encontros com pessoas alheias e desconhecidas. O pior disso tudo é a mentira. Você sempre falava, nas nossas primeiras brigas, que uma cosia que você sempre odiou é a mentira. Uma vez você travou uma discussão enorme porque eu disse que estava sem dinheiro para ir a sua casa te ajudar a arruma-la quando na verdade eu tinha o dinheiro. Você me passou um sermão de que odiava mentira, e que por menor que seja era inadmissível. Depois de tantas mentiras suas que eu descobri na internet, no mínimo você é um hipócrita. Tantas chances que eu te dei de ser sincero comigo, tantas vezes que eu te falei que a fidelidade é uma coisa relativa. Que eu não me importaria se você quisesse ficar com outros caras, contanto que nós definíssemos isso. Mas você prefere me enganar, me fazer de bobo, e pior, me expor. Me expor para os seus amigos, para a sua família, para a minha família. Você criou uma imagem minha para essas pessoas, como se eu fosse um idiota que aceita tudo o que você faz e implora por um pouco de atenção sua. A “Juju Carente” do grupo. E ainda faz com que eu pense que sou eu mesmo o responsável por essa imagem.
Quantas vezes eu já te disse que a cumplicidade é que faz uma relação saudável? Porque será que brigamos tanto? Será que essa cumplicidade é plena entre nós? Com mentiras assim, por mais que não provem nada, não tem relação que seja plenamente baseada na cumplicidade. Eu estou sempre disposto a mudar por você, estou sempre tentando. E você? Teria coragem de mudar por mim? Você seria capaz de não mentir mais? Se você quer ter sua privacidade intocada, seus grupos de pegação, seu Badoo, marcar encontros com pessoas desconhecidas, é só você definir isso comigo. Eu concordaria, caso houvesse os mesmo direitos para mim e para você. O que não pode é você pagar de hipócrita, me enganar, e por vezes me fazer de idiota e me expor. Eu não tenho problemas com isso, não vou mais sentir ciúmes se você for sincero comigo. A única origem do meu ciúme é a falta de sinceridade, que implica diretamente na perda da confiança. Eu quero ter motivos para confiar em você, respeitar sua privacidade. Não quero ser esse ciumento doente que vasculha os sites que você visita na internet e perde noites sem dormir pensando se você pegou ou não alguém na balada. Será que você não percebe que o que acaba comigo é isso? E não tem absolutamente nada a ver com o ato em si, mas com a falta de sinceridade.
Você não sabe o quanto vai doer para mim se eu tiver que terminar essa relação por causa da fadiga de ser enganado. E olha meu amor, já estou chegando ao meu limite. Estou aqui, abrindo meu coração para você, exatamente para tentar dar mais uma chance para nós dois. Eu amo você, amo muito. Se você estiver cansado, se não é mais sua vontade ser meu namorado, por qualquer motivo que seja, pelo menos considere o quanto eu te amo e o quanto eu me dedico a você, e termine logo com isso, pelo menos para me dar a chance de encontrar algum cara que realmente queira investir numa relação comigo. Agora, se você não quer se separar de mim, se você deseja dar mais uma chance para nós, por favor, seja sincero, explane o que há de errado para tentarmos melhorar juntos, porque é evidente que há algo errado. Por favor, não minta mais. Se você quer participar de um grupo, porque que você tem que me dizer que não quer? É só falar a verdade, eu vou saber respeitar sua vontade se você também respeitar a minha. Respeite-me enquanto homem, enquanto seu homem. Não me exponha, não me faça de bobo. É só isso que a gente precisa para ser feliz. Só quero que você enxergue isso.
Essa foi a última carta que escrevi para o meu ex-namorado, na véspera do nosso término. Aconselhado pelo meu amigo Sandro, resolvi postá-la. Felizmente, lendo ela novamente e vendo como estou hoje, fico feliz em perceber o quanto eu evolui como ser humano. Cheguei até a sentir vergonha desta carta, mas porque sentir vergonha? As melhores coisas que aprendemos na vida são com os nossos erros...
"I wanted you bad I'm so through with it Cuz honestly you turned out to be the best thing I never had You turned out to be the best thing I never had And I'm gon' always be the best thing you never had I bet it sucks to be you right now"